Psicofobia: Desvendando o Preconceito
- Aline Rodrigues
- 5 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de mar.

A psicofobia, ou o preconceito contra pessoas com transtornos mentais, é uma questão que permeia nossa sociedade e impacta profundamente a vida daqueles que enfrentam desafios psicológicos. Essa discriminação manifesta-se de diversas formas, desde estigmas sociais até a exclusão em ambientes profissionais e pessoais.
Do ponto de vista da Psicologia Junguiana, cada indivíduo possui uma psique única, composta por aspectos conscientes e inconscientes que influenciam pensamentos, emoções e comportamentos. Carl Gustav Jung enfatizou a importância da individuação, processo pelo qual a pessoa busca integrar essas facetas para alcançar um estado de totalidade e equilíbrio. A psicofobia, ao estigmatizar aqueles que enfrentam transtornos mentais, impede que esses indivíduos sejam reconhecidos em sua totalidade, dificultando seu processo de individuação e reforçando a dissociação entre o eu consciente e os conteúdos inconscientes.
A Psicologia Positiva, por sua vez, concentra-se nas potencialidades humanas e na promoção do bem-estar. Ela propõe que todos, independentemente de suas condições mentais, possuem forças e virtudes que podem ser cultivadas para uma vida mais plena. A psicofobia contraria essa perspectiva ao focar nas limitações e dificuldades, em vez de reconhecer e valorizar as capacidades e contribuições únicas de cada indivíduo.
A falta de conhecimento nos coloca em um lugar de oferecer conselhos como "você precisa ter fé", "aproveite este tempo para olhar mais para você" ou comentários como "mas nem parece" ou até perguntas como "mas você consegue?".
Para combater a psicofobia, é essencial buscar conhecimento e conscientização sobre saúde mental, desmistificando preconceitos, praticando e incentivando a empatia.
A criação de espaços seguros para discussões abertas e o compartilhamento de experiências com profissionais de sua confiança, seja em grupos ou em processo terapêutico individualizado, são indispensáveis para termos clareza, aceitação e respeito ao nosso processo ou ao de outras pessoas de nossa convivência.
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